Ó Literatura

Ó literatura, mundo do imaginário onde tudo é possível. Mundo infindável da alma vestida de drama e tragédia onde sucumbe o vício dos desejos físicos.
Valor espiritual da invisibilidade palpável, onde tudo é harmonia, luxúria, volúpia, alimento dos prazeres da matéria física. Êxtase!
Navegantes sem rumo à procura de um novo astro. Ó língua sem limites. Desfolhando as (linguagens) palavras uma a uma, descortinando sem mordaças nem amarras, quebrando os muros violentos e opressores, munidos d´armas mortíferas e de terror, encurralados entre o desespero enganador e humilhante, na partícula motora do que deveria ser o grande ser que nunca é.
Nós somos dois. Cada um de nós, um potencial destrutivo e auto-destrutivo em si mesmo. Que ninguém tenha dúvidas. Procuramos todos uma estação de repouso inexistente. Fartos do conformismo e da indiferença, perante esta aberração errónea com a qual nos confrontamos no quotidiano.
Promessas...
Enganos...
Falsidades...
Vigarices...

Formalizados cálculos tácticos, agrupados em estantes bafiosas, recalcados pelos tempos.
O grande patrão ... mostra-nos através do seu ecrã, o utópico dilema com o qual nos confrontamos ideologicamente. Aí, estamos diante do mundo moderno (tecnologia) incubando-do as células adormecidas do consumo exagerado. A publicidade esfriante, qual cadáver saído das profundezas da terra, convida-te a penetrar o mundo artificial dos grandes centros comerciais - renovação última do comércio modernizado. A competitividade, a abundância dos produtos, internos e externos, aos quais somos subjugados. Dependentes destas anomalias "stressianas", o tempo deixou de existir, para o altivo sonho que foi uma infância solitária.

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